Ele era um garoto normal. Tinha amigos, sonhos e sorrisos estampados no rosto. Gostava de ajudar as pessoas, gostava de se sentir útil, gostava de fazer os outros sorrirem. Cresceu assim, apesar de ser um pouco retraído e de ter tido uma adolescência um tanto quanto solitária. Crescer não é uma tarefa muito fácil, mas ele sempre acreditou que daria conta do recado. Ele sempre sonhou com uma família dessas dos comerciais de margarina. Não ao pé da letra. Não. Ele não era assim tão ingênuo. Mas o sonho dele era poder construir uma família de pai, mãe, filhos/irmãos. O garoto da nossa história foi criado pela madrinha. Tinha contato com os pais sempre, os visitava todo fim de semana. Mas, com o tempo ele foi percebendo que a família dele era diferente das dos meninos da sua sala de aula. Ele morava com a madrinha porque a escola na cidade dela era melhor. Ia para a casa dos pais nas sextas à noite e voltava nas segundas de manhã. No fim de semana, eles saiam todos juntos. Nem