(Perfil literário feito para a aula do Grossi, último para a facul - USCS) Ela senta na poltrona vermelha da sala e olha para o porta-retrato que está exposto na estante, ao lado da televisão. Olha para mim e diz, quase suspirando, que não vai ser fácil sentar e relembrar a dor que sentiu na noite de 17 de maio de 2008. Já se passavam das duas horas da manhã, quando o telefone tocou na sala. Helena acordou assustada, olhou para o marido que também tinha acordado com o barulho e, juntos disseram: “É a Carol!” Paulo, levantou da cama e correu até o telefone. Do outro lado da linha, ouvia-se barulho de sirenes, pessoas falando e a voz de um moço que se identificou como o bombeiro Fonseca. “É da casa de Caroline Mendrado?” “Sim, o que aconteceu? É o pai dela!” “Senhor Paulo? Aqui é o bombeiro Fonseca. Infelizmente não tenho notícias boas. Preciso que o senhor e familiares compareçam ao Pronto Socorro da Vila Alpina.” “O que aconteceu com a minha filha? Cadê ela? Deixa eu